Alma da Periferia
Não sou o pó da
estrada
Nem do asfalto
Não divago pelo
mundo
Sem ser notado
Minha alma não
abandonou meu corpo
Nem meu corpo foi
perfurado por estilhaços de bala
Eu sou feito do pó
de muitos que partiram
Me materializei,
pelas graças do Divino
Eu sou preto,
periférico, mas sou da cidade
E o que trago
comigo, é muita ancestralidade
Às vezes eu
confesso, que quero desanimar
Mas logo sou
erguido, pela luta d`um lugar
Lugar esse que eu
chamo de periFERIDA
Não é centro, nem
é gueto é só periferia
Hoje nós Lutamos,
por mais equidade
Por qualidade de
vida, aqui na cidade
Eu peço à oxalá,
que me dê paz e alegria
Ogum, oguniêh
defenda nós
O povo da periferia.
(Jonas de Jesus)
Imagem do arcevo do espetáculo " O jardim das flores de plástico: Ato 3 - Por baixo do Saco Preto" Grupo Nós de Teatro, Fortaleza,CE.
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